segunda-feira, 9 de julho de 2012

A DOR é inevitável. O SOFRIMENTO é opcional




Cena 1
Sonho que um dia, as mazelas da energia pulsante que é a vida sejam pinceladas com um sabor suave e com gosto de chocolate... Posso ser açoitada por gotas de chocolate delicadamente moldadas em pristinas formas criada só pra você... Drummond disse: “... na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquiva-se do sofrimento.”




Cena 2
Sabe aquelas lições de vida inevitáveis, aquelas que disparam verdades em alto tom e a única coisa que tens a fazer é calar? Pois abuso-me a sugerir que as dores caiam como essas gotas de chocolates, as criadas nas forminhas, os pedaçinhos de nós, um pouco do nosso universo particular... Adélia sempre disse que Dor nada tem a ver com Amargura. 



Cena 3
Naquela manhã, antes de abrir os olhos, ela assistiu a um filminho, tipo um resumo dos significados relevantes de seus sonhos... E seu corpo sentiu os pingos grossos, pingos daquelas preciosas gotas de sabedoria com gosto de chocolate... Chuva de verão a lavar os resquícios das últimas tormentas...
Espreguiçou e foi surpreendida pelo caloroso ardor de um suspiro longo e suave que a elevou a um pedaçinho do céu... O céu só dela, o céu que a protege...
Imersa em seu mar de Lírios, assim como Clarice, continuava a andar de um lado para o outro dentro dela...


quinta-feira, 29 de março de 2012

O Silêncio e suas Virtudes




Meus últimos dias foram de total entrega a um texto fascinante do genial Friedrich Nietzsche, intitulado  “Humano, Demasiado Humano”... Em determinado momento, o autor vocifera uma das mais preciosas elocubrações sobra a famigerada Solidão:
- "É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil."
A frase foi tão impactante que logo a tomei como minha, minutos antes de mergulhar em meu inferno interior, e o fiz com urgência... Depois deste insight, tornou-se vital impedir que os tentáculos pavorosos da solidão me capturassem com o intuito de devastar o compartimento secreto onde tranco a sete chaves minhas defesas... Cabe ressaltar que tal munição de nada serve quando meus olhos estão vendados... Por sorte, na hora H, minhas retinas brilharam com as cores da coragem...
Introspecção e isolamento... Mas não encarem isso como uma coisa negativa... Creio que no exato momento em que sentimos o copo encher, nossa sensibilidade fica aguçada e a tendência de muitos é estar em sua própria companhia.
Adotei o silêncio como refúgio.

E como aliados neste embate, terei o Sol em conjunção com a Lua no mapa astral e isso é fabuloso, já que o trânsito anuncia a felicidade e um certo brilho pessoal... No entanto, minha colaboração é essencial... Trocando em miúdos, o momento é catalisador para os que se empenham em projetos...  Aos que vivem em temporária de inércia, cabe acatar essa espécie de “sacudida” dada pelas Deusas e seu Universo que clamam para que acordes para a vida e faça valer....
Aceitei de imediato e a intuição me dizia, em alto tom, para dar atenção aos seus impulsos de alma neste momento, pois, por mais "loucos" que pareçam, eles estarão revelando os caminhos naturais a seguir...
O Sol ilumina a Lua e eu vislumbro um horizonte bem diferente... Calar me fez dar ênfase ao pensamento e no meio de inúmeras descobertas pessoais, a consciência pessoal veio à tona, pois ela sempre esteve ali e mesmo escondidinha e muda é sempre a grande amiga...

Estava particularmente inerte, confesso, só que mesmo assim insisti em me libertar de certos hábitos e comportamentos nocivos, afinal quem quer ver a luz no fim do túnel deve evitar cair na armadilha de repetição de um mesmo tema....

Lembrei de uma outra frase brilhante, desta vez de Aldous Huxley, sobre o silêncio:

- "O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura."


sábado, 10 de março de 2012

Trânsitos Planetários



E Mercúrio, se aspectra harmoniosamente com a Lua do meu mapa de nascimento...O trânsito anuncia uma fase bastante propícia para tomar decisões e onde devo levar em conta o lado racional e os sussurros provindos de minha intuição.  A percepção mais intensa das coisas favorece o entendimento e as trocas intelectuais.
O estímulo positivo de Mercúrio me ajudará a compreender coisas sobretudo no que diz respeito a acontecimentos passados que não processei...Esta é uma fase de insights e de esclarecimentos...

Lucidez?  Parece que sim e ela será particularmente favorecida durante todo o mês, pois a Lua também estará formando um aspecto positivo ao Mercúrio do meu mapa... E nesse processo de fechamento de ciclo pessoal de Mercúrio, mergulho intensa e inteira numa auto-análise...
Para fechar o meu Céu Astrológico nos próximos trinta dias, Marte dá às caras na Casa 5, onde se localiza a grandiosa energia do Entusiasmo...Cabe a mim aplicar o melhor lado em quaisquer interesses e focar na conquista da auto-superação...
Minha alma clama por movimento, pede por aventura... Por que não vivê-la?

A Impermanência das Coisas na Vida




Sou intrinsicamente ligada aos movimentos do mundo e isso inclui os planetários e lunares... O Universo conspira a meu favor e ele gira... Giram com ele os seus Planetas... E a Sacerdotisa recebe os sinais e aciona sua inteligência emocional para o aprendizado...

A Roda da Fortuna me pede para evitar ilusões diante da aparente estabilidade das coisas, pois a natureza da vida é a impermanência, a temporalidade...  Todas as coisas passam, mudam... A Roda gira...  Usar sabedoria suficiente para não me deixar levar pelas flutuações da existência, como o meu humor... Estar firme em meu centro, observando as coisas que acontecem com um maior distanciamento ... A lição pode ser aproveitar melhor as oportunidades que virão e me distanciar das eventuais ameaças...

Recebo o conselho e medito a respeito da impermanência das coisas na vida...

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Fada Verde





The green fairy who lives in the Absinthe wants your soul...

But... You are safe with me....



Lua Prateada



... Noite linda lá fora... Meu coração se acalma...


... Deitada em minha cama, observo em silêncio o efeito da luz da Lua que cintila e suavemente invade o escuro da minha solidão ... Ela me acalenta e presenteia com seu reflexo prateado nas paredes do meu quarto... 


... A Lua anda devagar mas atravessa o mundo todo o dia...


... Bom me sentir viva....

quinta-feira, 1 de março de 2012

Maravilhosas Musas




Achei esse texto, escrito depois de uma briga com um ex-namorado. A confusão começou pois reclamei do meu peso extra... Ao invés de ficar quieto, ele insistiu em fazer uma comparação “sacana e cruel” de minhas atuais formas roliças, por causa da medicação usada para amenizar os sintomas da depressão, com a longilínea Sarah Jessica Parker... Odioso..

Certo dia, numa madrugada de inverno, ele escolheu um tom de voz sarcástico para me dizer, aos berros, que “nem de longe eu parecia com uma das quatro amigas do seriado Sex and The City... Ahhhhh, para que tamanha provocação?

Deu vontade de esganar, gritar, xingar, bater.. Me fez mal tamanha maldade e, mesmo assim, depois de esfriar meu sangue pensei nos inúmeros comentários mordazes e desnecessários...

Eu, uma libriana confessa, não atuo bem neste papel.. Quero dizer, gritar pra enfatizar o que me incomoda e irrita.. Sou difícil, meio carne de pescoço.. Adoto a retranca ao menor sinal de aproximação, é meio inerente.. Sei também que tenho essa neurose de achar que tudo é uma crítica e isso cansa.. Whatever...

Carrie Bradshaw, é uma das minhas musas inspiradoras.. Respeito absurdo e aquela admiração por saber que ela é moderna, inteligente, maravilhosa e aprendeu a viver na selva de uma cidade que nunca dorme... Uma mulher de 35 anos, “novaiorquina” de carteirinha, que escreve sobre as agruras dos relacionamentos...

É genial saber que existem mulheres como eu neste mundo tão cinza... Não tem jeito, é preciso matar um leão por dia..

Sabe quando alguém te bate com a chamada “luva de pelica” e, em questão de segundos, faz sua mente analisar e imaginar milhares de coisas, geralmente negativas? Foi assim que me veio a frase:

“Nem de longe você é tão maravilhosa como uma das suas musas de Sex and the City....”

E foi neste exato momento que engolir a seco, respirei fundo e vomitei a ira com a única intenção de ferir.. Procedimento imbecil... A merda toda é que, geralmente, só percebo a falha depois de ter feito o “serviço sujo”. Lástima. Pago caro por isso...Muita arrogância? Foda-se...

Daí a fagulha se fez chama, cada vez mais intensa, e chegou ao inevitável embate, coisa de “homem pra homem”..  Odeio calar a boca por último e disse isso com aquele “olhar de ressaca” de Capitu, a musa de Machado de Assis. É um olhar que puxa e não deixa ir, forte, enigmático, intenso...

Foi ali, naquela hora mesmo, com o sangue quente e a emoção visceral, que meu dragão enfurecido tomou conta e assumiu postura agressiva e aí fudeu...

No momento? Prefiro pensar que são exatamente nove horas e quarenta e sete minutos de uma quinta-feira... Sem essa de me pedir para responder ou tomar decisões com toda essa mistura de sentimentos.. Porque se em certas horas eu sinto falta, em outras creio ter tomado a melhor decisão.. Época de encarar a vida de frente by myself.. Quero que ele faça do mesmo...

Um dos meus poetas favoritos, Oscar Wilde diz que “Há momentos em que temos de escolher entre levar uma vida completa e íntegra ou suportar a existência falsa, frívola e degradante que o mundo, em sua hipocrisia, exige.”...

Depois que a Deusa Freya soprou um vento frio para acalmar a minha fúria, ele retratou-se..

...”Não tem jeito”, retruquei.

O que foi dito fica na alma..
Lição da história? Muitas coisas.. Preciso repensar e arrumar a casa.. Ta uma bagunça danada.. Fiz chá de alecrim para salpicar pelas paredes. O sol nasce para todos...

Love is a many explendored thing...

Num subúrbio do Rio.... 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Emoção em excesso...




Em minhas últimas sessões com a psiquiatra, questionei bastante a forma como atuo em minhas relacões interpessoais em seu sentido mais amplo... Não falo apenas de amor e relação à dois, mais de todas elas... Expliquei a ela que amo, me dedico, me entrego e que no meio do nada um raio cai em minha cabeça e eu me transformo...
É como se uma espécie de véu negro embassasse tudo e me impedisse de continuar a crer nos elogios dos meus chefes, nas   palavras doces que o parceiro me diz, nas declarações feitas, em nada... Esse processo não acontece à toa, vem sempre atrelado a um fato que custa a descer em minha garganta...
Depois de me abrir e pontuar algumas situações já vividas ao longo de minha trajetória, ela me lançou um olhar enigmático e me arguiu... Fez uma série de perguntas, só que desta vez sobre a minha maneira de agir, pois até então eu só havia comentado o meu ponto de vista...
Suas perguntas me levaram a uma busca interna de respostas, afinal toda a história tem dois lados, assim como uma moeda.
Tarefa difícil conviver com uma mulher que vive oscilando entre o seu lado doce e o seu lado fera... Sou assim... Viro de ponta-cabeça em questão de minutos e não é qualquer um que dá conta do recado...
Minha psiquiatra recomendou-me a leitura de um livro chamado Mentes Inquietas, de Ana Beatriz Silva.... Comprei o livro e realmente me identifiquei com várias colocações da autora...
Ela coloca que a forma de amar é influenciada pela tríade: desatenção, hiperatividade e impulsividade. "Em todos os casos sobra emoção e quase sempre falta razão". Mentes inquietas parecem não possuir nenhum pequeno espaço para abrigar a velha e cansada amiga Razão". (SILVA, 2003, p. 72). A pessoa com hiperatividade física aliada à impulsividade assemelha-se a um grande "tornado" apaixonado. É capaz de conhecer alguém, apaixonar-se, casar, brigar, odiar, separar, divorciar e tornar a casar-se tudo em menos de um mês. Tendem a sentir todas as emoções de modo mais intenso. Quando se apaixonam, toda sua atenção volta-se para esse sentimento sem que possam controlar tal impulso, ficam cegos de paixão. 
Já as pessoas que não possuem tanta hiperatividade física e impulsividade tendem a apaixonar-se à moda antiga, transformam o objeto de paixão em um ser idealizado. Amam, no interior de suas mentes, mas não conseguem colocar em prática todas as coisas que vivem em seus pensamentos. Muitas vezes seus parceiros nem sabem ou imaginam que são objetos de tão nobres sentimentos. 
Toda essa emoção tende a transformar-se em poesia, obras literárias ou músicas. Clássico exemplo dessa forma de amar, de uma pessoa com comportamento hiperativo do tipo desatento.

Eis que chego no capítulo “passada a paixão inicial”...
 
Li, reli e pensei que a tarefa  mais árdua para os que fazem parte do meu dia a dia, do meu mundo particular era  estabelecer uma convivência pacífica para que a relação fosse duradoura e baseada no respeito mútuo. No entanto, quando essa paixão é diluída por situações que me desagradam, fica impraticável manter a chama que tanto necessito para amar, trabalhar, estar entre amigos... Repito aqui que todo mundo tem dois lados, assim como a moeda e cabe a quem quiser estar por perto captar minhas nuances e respeitá-las...

Alguns optam pelo silêncio para evitar conflitos, outros seguram as pontas até a página vinte e, depois, enumeram os defeitos  dessa minha  grande dose de afetividade... Particularmente, prefiro os que não fazem nem uma coisa, nem outra... Gosto mais daqueles que replicam de imediato o que lhes desagrada.. Tem muito mais a ver comigo...  De simples, nada tenho...
E qual seria a solução ideal? É a pergunta do dia. 

Cito aqui um trecho de um poema de Caio Fernando Abreu, que conviveu com sua bipolaridade e inúmeras crises depressivas e não se calou:


"Nunca notou que as mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja Feliz."



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Distraídos, Hiperativos, Impulsivos...





“Tenho andado distraído, Impaciente e indeciso e ainda estou confuso, Só que agora é diferente: Sou tão tranquilo e tão contente...”
Renato Russo


Em 1902, George Stil, médico inglês, fez a primeira descrição do comportamento de um portador de TDAH. Porém, por muito tempo, este  transtorno foi atribuído somente a crianças e não a adultos, como hoje tem sido em índices cada vez mais crescentes.

O TDAH se caracteriza basicamente por três sintomas: Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade. São três as formas de apresentação do TDAH : predominantemente Hiperativo - Impulsivo, Combinado e predominantemente Desatento.

Alguns sintomas e características do TDAH podem ser mais facilmente identificados considerando os oito fatores que incluem o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em Adultos a saber:

1. Desatenção: Os adultos portadores de TDAH apresentam dificuldades para se concentrar em várias coisas. No trabalho encontram problemas para permanecer focados em uma determinada tarefa e por vezes não conseguem finalizá-la. Em casa podem não ter controle dos afazeres domésticos e passam de um projeto a outro sem terminar nenhum deles. Em situações sociais podem sofrer grande constrangimento por não conseguirem se concentrar em conversas e provocarem no outro a sensação de desinteresse e tédio.

2. Impulsividade: Em adultos é mais restrita que em crianças. Em situações sociais onde as demais pessoas não são muito conhecidas, os portadores de TDAH se forçam a manter o autocontrole, mas sentem um imenso desconforto devido ao medo constante do que podem fazer ou dizer. Quando a situação envolve pessoas conhecidas, esses adultos muitas vezes mostram uma tendência a interromper os outros, deixam escapar comentários inadequados, falam muito alto ou até mesmo gritam.

3. Dificuldade em esperar ser atendido: Tem relação com a impulsividade. Este traço provoca a sensação de impaciência e intensa frustração no portador de TDAH quando ele precisa esperar e pensar. O adulto portador também pode demonstrar impaciência para tarefas cotidianas, tais como controlar um talão de cheques, preencher e arquivar formulários, pagar contas, administrar dinheiro e cartões de crédito ou até mesmo ler uma revista.

4. Superexcitação emocional: Os adultos com TDAH apresentam acessos de mau humor de forma mais restrita quando estão em público do que crianças, no entanto estes ainda podem ser intimidadores para as outras pessoas. No trabalho estes adultos podem causar a impressão de serem mal-humorados e irritáveis. Em casa, o mau humor atinge o cônjuge e os filhos. No caso de pais portadores de TDAH que têm filhos também portadores do transtorno, é possível que o quadro deste último seja agravado em virtude da baixa tolerância do primeiro.

5. Hiperatividade: A hiperatividade motora bruta pode ser substituída por uma agitação ou inquietação geral e em alguns adultos a hiperatividade assume uma forma verbal.

6. Desobediência: Na fase adulta, portadores de TDAH apresentam menos problemas em seguir regras e isto pode ser devido ao fato de que como adultos enfrentam menos situações nas quais outros têm de lhe dizer o que fazer. No entanto, estudos indicam que até 25% dos adultos com TDAH podem ter sérios problemas de conduta anti-social.

7. Problemas sociais: Muitos adultos com TDAH sentem-se isolados e solitários, pois para alguns deles é difícil manter relacionamentos de longa duração, principalmente devido ao mau humor freqüente e comportamento “mandão”.

8. Desorganização: Os adultos portadores podem ter problemas com datas, horários e compromissos. No trabalho, tende à procrastinação de tarefas que julgam desinteressantes e/ou desagradáveis, o que pode causar significativas confusões e constrangimentos.

Depressão é a tristeza quando não acaba mais



Depressão é uma doença que ataca tão subrepticiamente, que a maioria dos que sofrem dela nem percebem que estão doentes. De cada dez pessoas que procuram o médico, pelo menos uma preenche os requisitos para o seu diagnóstico. Ela evolui continuamente para quadros que variam de intensidade e duração.
Nos casos mais simples, a pessoa pode curar-se por conta própria em duas a quatro semanas. Passado esse período sem haver melhora, os especialistas recomendam atenção e tratamento, porque a depressão prolongada pode levar a suicídio e mortes por causas naturais.
Para ajudá-lo a identificar os sintomas da depressão acompanhe o algoritmo abaixo, retirado da quarta edição do “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV):
1) Durante o último mês, você esteve frequentemente chateado por se sentir deprimido e desesperançado?
2)Durante o último mês você esteve frequentemente chateado por sentir falta de interesse nas atividades?
 Sim 
 Não
 Sim 
 Não
Se a resposta foi não a ambas as perguntas, é pouco provável que você tenha depressão. Mas, se uma das respostas foi sim, esteja atento a outros sintomas da doença.

O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomasque incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.
1) Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
2) Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
3) Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
4) Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
5) Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
6) Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
7) Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
8) Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
9) Idéias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia;
2) Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.